O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, vai lançar, oficialmente, um
programa que vai oferecer a cada família que tenha um viciado em crack, R$ 1.350
por mês para o tratamento do querido dependente que, a partir de agora,
finalmente, passará a dar alegria (financeira, pelo menos) à família. Isso representa
quase o dobro do salário mínimo recebido pelo trabalhador brasileiro. Se antes,
o auxílio-reclusão (aquele que as famílias dos presidiários recebem) no valor
de R$ 915,00, já tinha feito muito trabalhador chutar velhinhas só para ir para
a cadeia e melhorar o padrão de vida da família, imagine agora, ganhando R$ 1.350 só
pra dar umas cachimbadinhas de crack. É capaz de faltar frasquinho de Yakult e
tubo de caneta Bic. Ainda bem que a China é capaz de produzir qualquer
dispositivo a preços mais baixos, né?
O governo de São Paulo alega que, com esse dinheiro e o apoio da família, o
dependente de crack pode se livrar mais rapidamente do vício. Também creio
nisso. É preciso ser muito burro para receber um valor desses e continuar a
utilizar o crack – uma droga barata e sempre associada a morador de rua. Esse
dinheiro dá perfeitamente para passar a consumir algo um pouco mais, digamos,
sofisticado, como um bom vinho chileno, e ainda deve sobrar uns trocados para comprar alguns
papelotes da mais pura cocaína.
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