O papa Bento XVI anunciou que vai renunciar ao cargo de líder
espiritual dos católicos. O anúncio supreendeu os mais de um bilhão de
católicos do mundo e causou comoção, provando que, como cantavam os roqueiros
do Engenheiros do Hawaii, o papa é mesmo pop. Felizmente, nem um maluco conseguiu se
aproximar de Bento XVI para dar um tiro à queima-roupa, como ocorreu com João
Paulo II.
A escolha do novo papa ocorrerá antes da Páscoa, como é
desejo de Bento XVI, que afirma que a Páscoa é um momento importante demais
para os católicos, que não poderiam prescindir de um líder escolhido para
conduzir o rebanho nos tempos difíceis que virão.
A correspondente da Globo na Itália, Ilze Scamparini, que
está no país há mais tempo do que todos os papas somados, e conhece o Vaticano
melhor do que o papa, como boa católica,
ficou desolada e queria voltar ao Brasil, mas foi convencida pelo papa, que
disse: “Fica, minha filha, a Páscoa está chegando, e vai ter bolo e ovos de
Páscoa”. Isso foi o suficiente para convencê-la.
O último papa a renunciar foi Gregório 12, há quase 600 anos, para
tentar impedir a divisão dos católicos, e o fez a contragosto. Bento XVI vai
renunciar por vontade própria.
Os mais próximos ao papa afirmam que ele começou a amadurecer
a ideia durante sua viagem a Cuba, onde se encontrou com Fidel Castro. Corre o
boato de que Bento XVI teria feito um pacto com o presidente cubano – uma vez
que ambos têm um cargo vitalício – para que se um deles renunciasse, o outro o
seguisse. A festa em Cuba já começou.
A blogueira e dissidente cubana, Yoani Sánchez, que estava
com viagem marcada para o Brasil, onde se encontraria com a presidente Dilma para
conversar sobre o desrespeito aos Direitos Humanos em Cuba, já pensa em
desistir do encontro. Quer comemorar a renúncia de Fidel, em seu país,
saboreando uma cuba libre.
Na última vez em que visitou o Brasil,
Bento XVI, informado sobre o famoso ditado popular que diz que Deus é
brasileiro, brincou, afirmando que o papa também é brasileiro. Parece que agora
as coisas começam a se tornar mais claras, e os brasileiros têm todo o motivo
do mundo para ficarem muito mais otimistas. Deve haver um fundo de verdade
nessa história. Não creio que isso seja só uma coincidência. Se não, vejamos:
Bento XVI, que se declarou brasileiro, além de líder espiritual (representante
de Deus na Terra) é também chefe de Estado (o Vaticano), assim como o foi Jânio Quadros, e os dois decidiram pela renúncia, daí, não
há porque Deus não ser brasileiro. É tudo uma questão de lógica...
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