Índio não queria só apito |
O ex-presidente do Banco Cruzeiro do Sul, Índio da Costa,
foi solto após passar longos 17 dias preso em São Paulo, acusado de gestão
fraudulenta, após a quebra de seu banco. Deve ter acreditado que todo índio é
inimputável. Como não seguiu os conselhos do pajé, e não tem curso superior,
ficou em uma cela comum. Ele ordenava à sua equipe de gerentes que oferecesse investimentos
de alto risco aos clientes, sem informá-los disso. A procuradora da República, Karen Kahn, em
parecer, afirma que “a prisão representa novo paradigma de critérios para se entender
que o perigo do poder intelectual de banqueiros que agem na ilegalidade é pior
do que aquele gerado por arma de fogo”. O
que, em minha opinião, constitui-se em, no mínimo, uma injustiça. Como todos
sabem, índio só usa arco e flecha.
O jornal Folha de São
Paulo obteve uma gravação em que Índio da Costa admite que não era a
primeira vez que fazia uma “malandragem” dessa. Ainda, de acordo com o jornal,
ele lesou aposentados, pequenos comerciantes, profissionais liberais e, até mesmo,...
freirinhas de um convento, o que acabou por agravar sua situação, pois isso foi
considerado “ódio religioso”, porque ficou implícito que Índio da Costa
acredita que o verdadeiro Deus é Tupã.
Ao sair da cadeia, descobriu que sua namorada, Karina
Granella, o tinha trocado pelo jogador corintiano Paulo André. A ironia da
história é que Índio da Costa é corintiano fanático e, mesmo preso, não perdeu
um jogo do Timão e nunca largou o apito. Nem por isso, Índio vai virar a casaca
(principalmente, porque ninguém da tribo usa isso). Chegou à conclusão de que a
coisa poderia ser bem pior. Se fosse um bambi ou porco (selvagem ou não), já os
estaria caçando, munido de arco e flecha. Já que Paulo André é do Corinthians,
Índio acha que está tudo em casa. A ex-namorada declarou que o namoro já tinha
esfriado bem antes da prisão. Deve ter percebido que, depois das acusações de
roubo do ex-namorado, estava entrando em uma fria ou, pior ainda, em uma
roubada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário