A atleta de salto com
vara, Fabiana Murer, que já havia chorado após o sumiço de uma de suas varas,
em 2008, durante os Jogos Olímpicos de Pequim, e desistido de competir (com
todo respeito e sem duplo sentido) com a vara alheia, disse que ficou desolada
e só chorava a perda, o que é compreensível, porque acho que me sentiria da
mesma forma (talvez, pior) se tivesse perdido a minha, já que esse também é o
meu instrumento de trabalho. Comovido com a situação, o Chico Bento chegou a
oferecer “uns bambu lá du sitio, muitu frexivis e muito cumpridus”. Garantiu que eram
tão bons que só cutucava as onças de lá com eles, mas a saltadora recusou. Em
Londres, Fabiana voltou a verde-amarelar, com medo do vento. Agora, acaba de
voltar ao Brasil após dois meses de treinos na atual temporada de furacões e
tornados da Flórida – como eu já havia mencionado em outro post. Disse que quer esquecer o fracasso e, cabeça
de vento que é, sonha em participar dos próximos Jogos. O problema é que em
2016 terá 34 anos e vai mesmo precisar de uma forcinha do vento para saltar e
alcançar os 5 metros. Fabiana afirmou que, depois de Londres, “levou algum tempo
para se reerguer”. Imagine, então, para conseguir saltar. Mas ela está otimista
e confiante em seus próximos saltos e já conseguiu dois novos patrocinadores:
uma conhecida fábrica de molas do ABC, que prometeu impulsionar seu salto e uma
fábrica de colchões para amortecer a queda.
Sonho de panda |
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